O papel da inovação no futuro do emprego
- Diego Ciarrocchi
- 13 de jul. de 2021
- 1 min de leitura
Qual o futuro do emprego? Quais os desafios que iremos encontrar nas formas e relações de trabalho nesse futuro próximo pós-pandemia? E principalmente, qual o papel da inovação nesse futuro tão incerto, volátil e ambíguo.
Hoje vemos um movimento se formando chamado antiuberização, empresa que traz o reflexo sério da precarização do emprego no Brasil. Muitos trabalhadores iniciam com a ilusão de que são independentes, de que possuem horário flexível e que trabalham no horário que desejam. Mas que motorista de aplicativo deseja trabalhar 15 horas por dia 7 dias por semana para ganhar um salário mínimo?
Estamos vivendo na era do algoritmo, e o pior, não estamos percebendo, ou estamos normalizando que todo o dado está sendo usado para o grande empregador da próxima startup unicórnio do mercado com ações na bolsa. Será mesmo que essa é a única solução para os problemas modernos? Será que reforçar esse capitalismo, onde não existe uma relação ganha-ganha justa é a única forma de inovar e capitar mais investimento nas rodadas de investimento?
Eu queria que a gente refletisse um pouco com esse vídeo do Paulo Galo, um entregador de aplicativo de São Paulo, onde ele traz a real situação desses subempregos no Brasil. Precisamos urgente de uma reflexão mais profunda e precisamos também entender o meu, o seu e o nosso papel quando simplesmente chega nossa pizza quentinha em casa em menos de 20 minutos. É bom? Não sei, pra mim, só é bom de verdade se for bom pra todas.
Referências:
Norbäck, M. (2019). Glimpses of resistance: Entrepreneurial subjectivity and freelancejournalist work. Organization, 28 (3), 426-448.
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